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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vampiro de Luto

Feche a janela na madrugada porque o vampiro, esta sem dentes...
Vou costurar minha boca e atrofiar as mandíbulas em volta do meu pescoço...
Vou morder minha carne até que ela vire vegetal...
Irei dividir minha veias com os mendigos e transformar minhas areias em estradas de nuvens, vou pedir no minimo que o máximo enclausure meus desejos, e depois de sangrar beberei meu sangue com meu canudinho tapado, na sarjeta vou violar meu corpo para que me veja vivo...
Se eu não puder mais voar, arrombarei as portas de todos os muros, e em cada um de meus murros quebrarei um dedo, matarei meu vizinho e vou pedir pra minha mãe fazer pipoca e suco de uva, assinarei um contrato com canetas cor de merda, pegarei minhas vísceras e tomarei no copo de madeira, pra só depois fazer o que me pediu. Quebro todos os pratos e me escondo dentro da maquina de lavar roupas, ligarei o chuveiro e não tomarei banho, e se eu quebrar a torneira da pia como daquela vez não ria de mim sou desastrado mesmo...

Bom Dia

 Bom dia! 

 Ta tudo bem? 

 Depende do tudo bem, mas reclamar das dificuldades também não as tornam fáceis...

 :/
 Minha tosse ta horrível, tenho tremedeiras e calafrios, minha cabeça parece que entra em curto circuito a cada 15 segundos, aí da frio denovo e depois calor...
 Vai ficar tudo bem...
Vo indo... Bjo bom diaaa 
 Vai, sim ficar tudo bem, quando enlouquecer de vez, ou quando no minimo, eu conseguir tomar um banho, ou abrir a casa, a janela pelo menos...
Ou no dia que o cigarro me curar ao invés de me foder, ou se eu trocar meu cérebro por um punhado de pasta de amendoim...

Café Frio

Não era mais tempo, pra perder tempo, então resolvi começar a vender o meu tempo. Eu não conseguia mais nem abrir a janela do meu quarto, tudo era uma infinidade de escuridão, havia cinzeiros e cinzas por toda parte, copos de café, garrafinhas de água mineral, só que de minerais não tinham nada, era apenas água da minha caixa d água, suja e velha, um filme de maquina fotográfica antiga, sabe daquelas de filme me fazia companhia aqui nesta mesa imunda, sorine, e uma garrafa de café frio, alguns pratos de comida vazio e sujos por sinal e algumas outra infinidades de coisas por aqui que não fazem diferença nenhuma ao serem detalhadas por aqui, eu preferia... Ah! Na verdade preferências não fazem diferença agora, mas acho que no minimo, um banho seria bom, comer alguma coisa, escovar os dentes e para de tossir, ai me pergunto? Como se para de tossir, mas já posso adiantar a mim mesmo, vou fumar mais meio maço de cigarro e fechar a janela novamente este ar de dia bonito está realmente me incomodando.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Tudo e nada é a mesma coisa

Tudo é mais ou menos questão de saber que nada se pode saber...

Tempo

Horas se desnivelam fora do tempo, minutos seriam eternos se comparados a distância que cada milésimo de segundo percorre na ânsia de tentar medir este tal de tempo...

Quero arrancar meus olhos

Quero arrancar meus olhos e me sufocar pelas entranhas da minha estranha falta de dignidade, tive que partir meu cérebro ao meio antes do meio dia, mas infelizmente ele insistiu em se juntar novamente a minha realidade nua, realidade irreal que me faz acreditar que em cada espaço dentro de mim não há mais vida, a cabeça explode tanto que nem meia cartela de Dorflex deu jeito, penso que a maneira mais fácil seria arrancala, mas dói tanto que eu realmente não desejo arrancala, não queria sentir mais um milimetro de dor, pois imagino que para separala de mim sozinho isto não seria uma tarefa tão fácil e rápida como deveria ser, então somente agarrome a isto que sinto e desloco minhas mãos para dentro dos meus olhos apertando os contra minha vontade afinal, sempre ouvi dizerem que uma dor se sobrepõe a outra, bom, aviso a vocês, não esta funcionando...

Nada

Agora, eu só escreveria algo que interessasse a qualquer ser humano, se eu pudesse nascer denovo, meu universo é uma piada, eu sou uma piada e eu uma mentira das mais clichês, tipo estorinha de novela mexicana, e isto não seria questão de me auto afirmar como idiota ou perdedor, mas é que as vezes de tanto ouvirmos repetidas vezes que somos um erro, acabamos fielmente acreditando no simples nada que acabamos nos tornando, agora estou nu, pelo menos não vendi meu corpo, e se eu doasse minha alma para caridade? Alma? Talvez nem isto eu tenha, não estou deprimido, somente estou nada, um nada, nada de mais ou de menos, só mais um nada nesta imensidão de nada.

Repito...

Repito, não sei se com coragem ou com pena de mim mesmo, eu não morri dessa vez, denovo... Mas senti em mim o peso das minhas próprias palavras, mais uma vez. Caminhei novamente até a porra daquele inferno e eu mais uma vez não estava la, mas mais do que todas as outras vezes fui escorraçado no antes, no durante e no depois, perdi meu brilho eu me sufoquei e fui sufocado, espancado e humilhado e queimaram meu corpo com bitucas de cigarro e riram de mim como se eu fosse um nada, eu era a marionete de mim e daqueles, todos os socos que levei nas costelas não adiantaram em nada, eu voltando semi nu pra minha casa correndo também não adiantou em nada, essa tosse tuberculosa não me adianta de nada, eu não posso mais fumar, cortaram meus lábios com socos, mas os lábios irão se regenerar, as marcas de bitucas de cigarro na minha pele é que nunca serão apagadas....

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Uma vez, a virgula não separa as reticências...

Não tive tempo pra morrer ainda, e nada como cada ato contrario que cometo contra a minha sanidade vai fazer me me esquecer...
Que cada dia que atravesso é um dia ou dois a menos do que qualquer noite febril!
Ao nosso lado... Nada que mude o imutável...
Nas sombras escrevo o declínio passageiro, e nunca vai passar e nunca vai passar... Tudo desaparecera por século, ou milênios talvez o céu perderá a cor e os versos o valor, irei morrer de sede e serei escravo de minha falência, meus órgãos irão apodrecer e eu serei mais uma vez, uma vez...

Sustentação

Sustento minha alma em qualquer lugar, suspensa no ar, dividindo os dividendos comparando mesmo sem comparar, compro, vendo, dou e roubo, em cada reduto desconhecido que me perco faço de mim um o maior maníaco de todos os anjos, escrevo pelas costas e jogo meu nome na lama a cada passo que dou em direção a este nada, mais vazio do que eu somente o vazio que encontro fora de mim, escalando muros por aí me despeço das barreiras que me forçam a me despedir diariamente de tudo que desejei não desejar.

Infelizmente aqui estou...

Estive atrelado a milhares de coisas por estes tempos, totalmente atarefado com minhas não tarefas, na verdade a verdade é que estive perdido por aí com minha alma em qualquer canto, felizmente eu encontrei algumas coisas algumas pessoas e alguns bens que nunca irei me desfazer assim inicio do fim algo que nunca realmente comecei até la.